Petrobras lidera projeto em colaboração com outras empresas com foco em uma extensa série de medições eólicas em alto-mar

O Projeto Ventos de Libra, representando um investimento robusto de R$ 8 milhões, integra uma significativa série de medições eólicas em alto-mar

(Foto: Fabian Bimmer/Reuters)
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A Petrobras começou um grande projeto de medição eólica em alto-mar com foco na região do pré-sal em conjunto com Shell Brasil, TotalEnergis, CNPC, CNOOC e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A primeira coleta de dados está em andamento no Campo de Búzios, na Bacia de Santos. Ao longo deste ano, a coleta será expandida para o Campo de Mero.

Com um aporte de R$ 8 milhões, a pesquisa faz parte do Projeto Ventos de Libra. A Petrobras enfatiza essa iniciativa como promissora, pois visa avaliar a possibilidade de integração entre sistemas eólicos offshore e projetos de produção de petróleo na região do pré-sal.

A Petrobras tem 38,6% do Consórcio de Libra, seguida da Shell Brasil (19,3%), TotalEnergis (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%). A PPSA representa a União na área não contratada do Consórcio de Libra e gerencia o Contrato de Partilha de Produção.

A pesquisa visa não apenas fornecer informações essenciais para o design de turbinas eólicas, mas também realizar avanços científicos em modelagem do vento, métodos de medição de dados e redução de incertezas. Situado a aproximadamente 200km da costa e em profundidades d’água de até 2 mil metros, o projeto enfrenta desafios notáveis em termos científicos e tecnológicos. Os resultados obtidos serão utilizados para embasar as próximas fases de desenvolvimento, com o intuito de avaliar a viabilidade da instalação de turbinas eólicas em conjunto com sistemas de produção de óleo e gás na região.

Joelson Mendes, diretor de Exploração e Produção da Petrobras, ressalta a relevância das tecnologias utilizadas neste empreendimento: “Os projetos eólicos offshore consistem em um grande desafio científico e tecnológico, ampliado pelas condições que se apresentam na região do pré-sal.”, destacou Mendes.

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No Campo de Búzios, a estação de medição de ventos foi construída no navio-plataforma P-75. Ela usa a tecnologia Lidar, que significa detecção e alocação de luz. Para melhorar os métodos de medição de dados eólicos em ambientes offshore, essas novas tecnologias e outros sensores coletarão informações importantes. O Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes) receberá diretamente os dados e será analisado por um período de três anos.

Duas mulheres importantes são responsáveis pelo projeto Ventos de Libra: a engenheira Cristiane Lodi, que supervisiona a coordenação do projeto pela Petrobras e pelo Consórcio de Libra, e a professora Adriane Prisco Petry da UFRGS, que lidera o NIEPIEE (Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica).

Os dados serão coletados e transmitidos diretamente do FPSO P-75 para o Cenpes, o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras. Lá, eles serão analisados por um período de três anos. Ainda este ano, outro equipamento será instalado em outra plataforma no pré-sal do Campo de Mero, conforme previsto no projeto.

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