A ANCAP, empresa estatal de energia do Uruguai, alcançou um novo marco em sua hisótira com assinatura de contratos para quatro blocos de petróleo e gás offshore de acordo com a estrutura da Rodada Aberta do Uruguai, que está em vigor desde 2019. Como resultado, a Shell, com sede no Reino Unido, a APA Corporation, com sede nos Estados Unidos, e a YPF, a Companhia Nacional de Petróleo (NOC) da Argentina, terão a oportunidade de se envolver na exploração e futura exploração de recursos petrolíferos na América do Sul.
O presidente da estatal, Alejandro Stipanicic, comemorou a confiança dessas empresas no país: “Pela primeira vez na história, os sete blocos que compõem o mar territorial têm contratos vigentes. Isto ocorre graças ao prestígio e reputação do país, dada a sua estabilidade jurídica e institucional”, afirmou.
O modelo de contrato de exploração e produção aprovado na Rodada Uruguai Aberta é do tipo acordo de partilha de produção, de acordo com a ANCAP. O contrato pode durar 30 anos, incluindo a exploração e a produção posterior. O primeiro subperíodo exploratório é de quatro anos, e as empresas devem cumprir certas obrigações para obter a autorização de prorrogar.
Além disso, a assinatura de contratos para essas licenças permite que as empresas de aquisição sísmica iniciem processos de licenciamento e aprovação para programas de aquisição sísmica 3D em desenvolvimento no Uruguai. Uma pesquisa poderá começar no final de 2024 ou início de 2025, se for autorizada e aprovada. O consórcio APA-Shell fará o 2.500 km² de sísmica 3D no bloco OFF-4. O valor total comprometido para o investimento é de aproximadamente US$ 130 milhões.
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“Esta semana foi extremamente significativa para o emergente setor de exploração offshore uruguaio, e destaca o quão emocionantes acreditamos que os próximos anos serão. A Challenger concluiu agora o programa de trabalho mínimo da AREA OFF-1, bem antes do previsto”, disse Eytan Uliel, CEO da Challenger.
A empresa afirma que o investimento em exploração de petróleo e gás natural continua a ser uma obrigação global, uma vez que novas descobertas terão de compensar o declínio natural dos campos de produção, mesmo que ocorram os cenários de transição mais rápidos e a redução do consumo de hidrocarbonetos.
Como resultado, a exploração e eventual produção de hidrocarbonetos não representa um retrocesso em seu objetivo de liderar a segunda fase da transição energética da ANCAP.