Shell aprova investimento para novo FPSO no pré-sal da Bacia de Santos

Com operação prevista para 2029, navio-plataforma contratado da Modec poderá processar até 120 mil barris de petróleo por dia, reforçando a presença da companhia no Brasil

(Foto: Reprodução/Shell BRasil)
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A Shell anunciou na última sexta-feira (21) a aprovação da decisão final de investimento para o desenvolvimento do campo de Gato do Mato, uma área localizada no pré-sal da Bacia de Santos. O projeto faz parte da estratégia da companhia para expandir suas operações em águas profundas no Brasil. A empresa contratou uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo, conhecida pela sigla FPSO (Floating Production, Storage and Offloading). Essa embarcação será responsável por extrair o óleo bruto do reservatório, processá-lo parcialmente, armazená-lo temporariamente e transferi-lo para navios aliviadores, que transportarão o petróleo até os mercados consumidores.

A Petrobras alugou o navio-plataforma à empresa japonesa Modec, uma das principais fornecedoras de unidades FPSO. A plataforma poderá processar até 120 mil barris de petróleo diariamente, auxiliando no crescimento da produção marítima no Brasil. A previsão é que as operações comecem no campo de Gato do Mato em 2029, representando um progresso notável no avanço do pré-sal da Bacia de Santos.

A Shell planeja, inicialmente, reinjetar o gás associado ao petróleo no reservatório. No entanto, a empresa já estuda alternativas para viabilizar o transporte do gás natural até a costa brasileira em uma fase posterior do projeto. As reservas de petróleo no campo de Gato do Mato são estimadas em aproximadamente 370 milhões de barris, destacando a relevância desse ativo no portfólio da companhia no pré-sal.

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A Shell é a principal operadora do projeto de Gato do Mato, possuindo 50% dos direitos de exploração. A parceria envolve a Ecopetrol, a maior petroleira colombiana, com uma participação de 30%, e a empresa francesa TotalEnergies, com uma participação de 20%. Ademais, a Petróleo do Pré-Sal S.A. A Petrobras (PPSA), empresa brasileira encarregada de administrar os contratos de partilha de produção no pré-sal, possui os 10% restantes.

“O projeto contribui para manter a produção estável de líquidos do nosso vantajoso negócio upstream [extração de petróleo e gás] e expande nossa liderança como o maior produtor estrangeiro no Brasil, enquanto continuamos trabalhando para suprir as necessidades energéticas do mundo no futuro”, disse a diretora de Integração de Gás e Upstream da petroleira, Zoë Yujnovich.

Conforme informações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), atualmente existem 46 unidades FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) em funcionamento no Brasil. O mais recente navio-plataforma da Shell será o segundo operando diretamente no país.

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