Maior produção já registrada: Búzios alcança 1 bilhão de barris de óleo equivalente
A Petrobras esclarece que a espessura de seu reservatório é tão imponente que equipara-se à altura do icônico Pão de Açúcar, enquanto sua extensão abrange mais que o dobro da área da Baía de Guanabara
Na vastidão das águas ultraprofundas da Bacia de Santos, o Campo de Búzios se destaca como uma proeza da engenharia petrolífera, emergindo como o maior em sua categoria em todo o globo. No cenário marcante do fim de março, a Petrobras, gigante brasileira do setor de energia, reverenciou um marco monumental: a extração de um bilhão de barris de petróleo neste notável campo. Esse feito exemplar ressalta não apenas a magnitude da reserva de recursos energéticos ali presentes, mas também a expertise técnica necessária para explorá-la de maneira eficaz.
No cenário energético do ano anterior, especificamente em junho, o Campo de Búzios já celebrava um marco significativo: a produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente, abarcando tanto o petróleo em barris quanto a produção de gás natural, convertida meticulosamente para barris equivalentes de óleo (boe). No entanto, a recente declaração da Petrobras destaca uma distinção crucial: a cifra agora se concentra exclusivamente na produção de petróleo, ressaltando a magnitude e a singularidade desse recurso específico.
No epicentro das operações está a estatal brasileira, que gerencia o campo em uma aliança estratégica com a Pré-Sal Petróleo (PPSA), além das empresas chinesas CNOOC e CNODC. Desde o seu início operacional em 2018, Búzios tornou-se um palco vibrante de atividade, impulsionado por cinco unidades produtivas distintas, denominadas FPSOs (Floating Production Storage and Offloading), também conhecidas como navios-plataformas. Essas unidades, nomeadamente P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, representam a vanguarda da tecnologia offshore, cada uma desempenhando um papel vital na colheita e processamento eficiente do precioso recurso energético encontrado nas profundezas do oceano.
Para ilustrar a enormidade do Campo de Búzios, a Petrobras fornece comparações impressionantes: a espessura de seu reservatório rivaliza com a altura do famoso Pão de Açúcar, um ícone natural da cidade do Rio de Janeiro conhecido por sua imponência. Além disso, a extensão do campo é descrita como ultrapassando em mais do que o dobro a área da majestosa Baía de Guanabara, destacando sua escala colossal. Localizado a uma impressionante distância de 180 quilômetros da costa, o campo desafia os limites convencionais da exploração petrolífera, mergulhando em águas que excedem os 2 mil metros de profundidade.
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Expansão
Búzios ostenta o título de maior campo de petróleo do mundo em águas ultraprofundas tanto em extensão quanto em reservas, uma façanha notável que consolida sua posição como um gigante na indústria energética global. Apesar dessa distinção impressionante, Búzios ainda não alcançou o posto de campo mais produtivo do Brasil. Essa honra pertence ao Campo de Tupi, que reinou soberano como o principal contribuinte para a produção marítima de óleo e gás do país no ano anterior, respondendo por um quarto impressionante, ou seja, 25%, do total, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em contraste, a participação de Búzios nesse cenário foi de aproximadamente 18%, mas ainda não alcançando o pódio da produção.
De acordo com a análise da Petrobras, a razão pela qual Tupi supera Búzios reside no fato de que entrou em operação há um período maior, proporcionando-lhe uma vantagem histórica em termos de produção acumulada. No entanto, as tendências recentes sugerem que essa dinâmica pode estar prestes a se reverter. Conforme relatado pela ANP, em 2023, a produção de petróleo no Campo de Búzios registrou um notável aumento de 10,28%, indicando uma ascensão promissora na curva de produção. Enquanto isso, a produção do Campo de Tupi experimentou uma queda de 3,5% no mesmo período, sinalizando uma possível mudança de maré na liderança do mercado.
A Petrobras delineia um panorama de crescimento na produção no Campo de Búzios, impulsionado por planos concretos de implementação de novos sistemas de produção nos próximos anos. Essas iniciativas visam ampliar a capacidade operacional do campo, vislumbrando alcançar a notável marca de aproximadamente 2 milhões de barris de óleo por dia até o ano de 2030.