Um alerta sério sobre a sustentabilidade de suas operações está sendo emitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e outros órgãos reguladores do Brasil. Essas entidades emitiram uma declaração conjunta informando que foram surpresas por um corte de aproximadamente 20% em seus orçamentos. As agências expressaram preocupações de que a redução dos recursos financeiros pode prejudicar a capacidade de realizar ações essenciais para manter uma regulação eficiente. Os reguladores observam que o orçamento previsto para 2024 é de cerca de 5 bilhões de reais, apesar de receberem mais de 130 bilhões de reais anualmente. Eles acreditam que esse valor não será suficiente para atender às necessidades operacionais e garantir a continuidade dos serviços de supervisão e fiscalização.
Além disso, as agências informaram que mais de 65% dos funcionários estão sem trabalho. Essa alta taxa de vacância é o resultado de exonerações, aposentadorias e falecimentos de servidores ao longo do tempo. A falta de pessoal sobrecarrega os funcionários remanescentes e prejudica a capacidade das agências de cumprir suas obrigações administrativas e regulatórias. A eficiência e a qualidade das operações regulatórias são essenciais para o bom funcionamento dos setores sob sua supervisão. A combinação de cortes orçamentários e um quadro de pessoal drasticamente reduzido coloca essas operações em risco.
“Assim, o quantitativo de pessoal previsto, que já era insuficiente diante do incremento de atribuições das Agências Reguladoras Federais, em função do crescimento dos mercados regulados e do desenvolvimento de novas tecnologias, torna cada vez mais difícil o adequado exercício da atividade reguladora, essencial ao funcionamento do Estado na busca da proteção do interesse público”, diz a carta.
O documento enfatiza que, nos últimos anos, as agências reguladoras têm feito um grande esforço para melhorar e modernizar suas práticas de governança estratégica e regulatória. Ao garantir que suas atividades trazem benefícios concretos para a sociedade, esses esforços visam promover o desenvolvimento nacional. Por meio dessas melhorias, as agências podem fornecer serviços mais eficientes e eficazes em vários setores de infraestrutura e serviços públicos. Essas ações não apenas melhoram a qualidade da regulação, mas também aumentam significativamente o crescimento e a estabilidade econômica do país, demonstrando os benefícios de uma gestão regulatória bem organizada e atualizada.
“Os resultados alcançados pelas Agências ao longo dos anos demonstram o fortalecimento e consolidação da regulação no Brasil e o quanto as Agências estão preparadas para cumprir com a sua missão institucional: contribuir para o desenvolvimento nacional por meio da efetiva regulação e fiscalização, assegurando serviços e infraestrutura adequados à sociedade”, concluiu a carta.