Vida offshore

O ser humano e suas limitações sempre foram condicionantes cruciais para o desenvolvimento de muitas operações industriais. Na área offshore essas condicionantes foram por muito tempo uma barreira que demorou muito para ser superada, pois o ser humano só foi levado em conta muito tempo depois do começo das operações offshore começarem.

O confinamento, sem comunicação com familiares, amigos ou qualquer outra pessoa que não estivesse nas unidades, adicionado ao perigo das operações feitas ao longo da jornada e obrigação de interagir com pessoas que muitas vezes eram desconhecidas, levou muitos trabalhadores aos mais terríveis problemas físicos e psicológicos.

As empresas perceberam que sua produção diária estava diretamente ligada ao nível de motivação da sua força de trabalho. Sendo que essa motivação muitas vezes passou longe de ser só monetária, pois as condições de trabalho e segurança das pessoas não era levada em conta.

Com o avanço das plataformas para lugares cada vez mais distantes e condições climáticas extremas, as empresas de petróleo buscaram trazer todo conforto quanto o possível para as pessoas nas unidades.

Como mostrado na imagem acima, a tecnologia para atingir profundidades cada vez mais distantes da superfície, trouxe também grandes problemas para os tripulantes dessas embarcações, por conta de não ser possível em muitos casos a estabilidade das embarcações em mar aberto e com seu efetivo humano exposto aos severos caprichos do oceano. Onde ondas e ventos poderosos, deixavam todos literalmente exaustos durante a jornada de trabalho.

Com o passar do tempo, as acomodações e a qualidade de vida dentro das unidades impulsionaram uma nova fase da industria petrolífera. Pois ao mesmo tempo que contratava profissionais qualificados para as áreas operacionais, também investiu na contratação de profissionais para melhorar o ambiente de trabalho e a segurança.

Ambientes que antes eram pequenos e forçavam o trabalhador a se alimentar rápido e voltar para o trabalho para dar lugar ao colega de serviço que esperava, foram ampliados e melhorados para que houvesse satisfação no momento das refeições, proporcionando assim a maior interação da equipe a bordo.

Foi observado que o trabalhador com o passar do tempo nas unidades, começaram a se importar com o local de trabalho e com os colegas a bordo. O sentimento de casa ainda estava longe, mas, já não existia o tormento diário de se ver como escravo da própria profissão.

Adicionando comunicação externa e um pouco de privacidade,”coisa que era luxo de funcionários em altos cargos anteriormente”. O dia a dia dentro das unidades começou a evoluir para patamares de agradabilidade nunca antes encontrados nas antigas instalações.

Hoje as condições a bordo são equiparáveis “em algumas unidades” ao que encontramos em unidades de terra que usam o regime de confinamento em suas operações. Contando com salas de recreação, leitura, informatica, televisores, ginastica e algumas ainda disponibilizarão internet wireless nos períodos de descanso das equipes.

Os camarotes que antes eram locais em que se acumulavam pessoas com os mais diversos problemas da vida offshore, agora são locais de descanso e lazer das pessoas a bordo.

Outra mudança que mudou a vida offshore, foi a melhoria das condições de trabalho e saúde a bordo. Sendo o profissional da saúde, o membro dentro da embarcação com maior força de opinião quando se trata do bem estar das pessoas a bordo.

Hoje o que era encarado como luxo e banal para a área industrial offshore, é encarado como crucial para a continuidade das operações e bem estar das pessoas de bordo.

Falaremos mais sobre a vida offshore e tudo que faz parte desse mundo tecnológico da industria.

Comentem sobre o que vocês acharam e sobre o que gostariam de saber sobre a vida no mar.

 

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