Rio de Janeiro – A Petrobras obteve uma importante vitória em seu projeto de exploração na Bacia da Foz do Amazonas. O Ibama aprovou o Plano de Resgate de Fauna da companhia, um requisito essencial para o licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59, localizado na estratégica Margem Equatorial.
A decisão permite que a Petrobras avance para a Avaliação Pré-Operacional (APO), fase que inclui testes práticos de resposta a emergências, simulando vazamentos de óleo e operações de resgate. A estrutura mobilizada será uma das maiores do mundo em águas profundas, envolvendo:
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Navios de apoio e combate a vazamentos
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Helicópteros para resgate rápido
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Mais de 400 profissionais especializados em emergências ambientais
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, afirmou que a empresa está comprometida com os mais altos padrões de segurança e destacou o potencial da região: “A Margem Equatorial é uma fronteira estratégica para o Brasil, e nossos investimentos reforçam o compromisso com a transição energética responsável.”
O que está em jogo na Margem Equatorial?
A Bacia da Foz do Amazonas é considerada uma das últimas grandes fronteiras exploratórias do Brasil, com estimativas apontando para reservas significativas de petróleo em águas ultraprofundas. A Petrobras planeja investir US$ 3 bilhões até 2029, com a perfuração de até 15 poços exploratórios.
Além do impacto na produção nacional, o projeto tem forte apoio político, especialmente no Amapá, onde líderes como o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) defendem que a exploração trará desenvolvimento econômico e redução das desigualdades regionais.
Próximos passos
Apesar da aprovação do plano de fauna, o Ibama ainda não concedeu a licença operacional definitiva. A Petrobras precisará comprovar a eficácia de seus sistemas de emergência durante a APO antes de receber a autorização para iniciar a perfuração.
Enquanto isso, ambientalistas seguem alertas sobre os riscos para o ecossistema marinho da região, que abriga biodiversidade única, incluindo recifes de corais na Foz do Amazonas.
Fique atento: Caso todas as etapas sejam concluídas com sucesso, a Petrobras poderá iniciar suas atividades exploratórias no bloco FZA-M-59 nos próximos anos, consolidando a Margem Equatorial como um novo polo de produção offshore no Brasil.
Fontes: Ibama, Petrobras, agências reguladoras
(Mundo Offshore – Especializado em energia, petróleo e gás)
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