Para atender à demanda por novos sistemas de produção nos próximos anos, a Petrobras precisará de uma cadeia de fornecedores ampla e qualificada. De 2024 a 2028, a companhia colocará em operação quatorze plataformas flutuantes de produção de petróleo, representando um terço das encomendas de FPSOs globais. Além disso, há uma grande demanda por sistemas submarinos conectados a essas unidades.
“Com o tamanho do nosso portfólio, precisamos capturar todo o mercado. Vamos precisar de mais pessoas, mais materiais, mais recursos”, afirmou Carlos Travassos, diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, durante sua participação na Offshore Technology Conference (OTC) realizada em Houston, nos Estados Unidos.
Para atender a essa crescente demanda, os fornecedores devem estar preparados para fornecer e implementar soluções que estejam em conformidade com as metas de descarbonização da Petrobras. Durante o evento, Carlos Travassos enfatizou que não há lugar para projetos que não incluam planos concretos para reduzir as emissões.
Um avanço significativo nos planos de expansão da Petrobras, foi o fato de que, das 14 novas unidades que ele mencionou, dez já foram contratadas. Entre essas unidades, as mais importantes são as destinadas aos campos de Albacora e Barracuda, que estão na abundante Bacia de Campos. Além disso, estão em fase de processo de contratação os FPSOs destinados ao projeto Sergipe-Alagoas (SEAP), com previsão de duas unidades.
Além disso, Travassos enfatizou que a tarefa de colocar em operação quatorze unidades em cinco anos não é uma novidade para a Petrobras. “Já realizamos isso anteriormente”, afirmou, lembrando que a Petrobras conseguiu implantar doze FPSOs de 2019 a 2023, aumentando significativamente a capacidade instalada de produção de 1 milhão e 700 mil barris de óleo diariamente. Durante esse período, esse aumento representou uma parte significativa da capacidade de produção global adicionada, contribuindo com cerca de 50% do total.
Carlos Travassos apresentou as iniciativas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Petrobras durante o evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Texas (BRATECC), que ocorreu em conjunto com a Offshore Technology Conference (OTC). O diretor enfatizou a necessidade de investimentos substanciais nessas áreas. De acordo com o Plano Estratégico da empresa para esse período, o investimento total deve ser de US$ 3,6 bilhões até 2028.
Com um impressionante investimento de US$ 726 milhões, a Petrobras será a terceira maior investidora global em pesquisa e inovação no setor de óleo e gás em 2023, conforme observado por Carlos Travassos. Essa posição enfatiza o compromisso da empresa com o avanço tecnológico e a busca de soluções inovadoras para os problemas do setor.