As autoridades políticas de Cubatão, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário da Baixada Santista (Sintracomos) e a Petrobras estabeleceram um acordo que garante que pelo menos três dos quatro mil empregos serão destinados aos residentes da região. O pessoal que está trabalhando na construção de uma nova planta de produção de biocombustíveis na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) terá emprego no primeiro bimestre de 2024. As obras aumentarão a força de trabalho da RPBC, que hoje tem aproximadamente 800 funcionários e mais 3 mil terceirizados.
Os novos contratos devem durar aproximadamente trinta e seis meses, o que corresponde à duração prevista das obras. O acordo começou a ser alinhavado durante uma reunião de dois meses na sede da empresa em Cubatão. Além disso, indica que as empresas reservarão setenta por cento das mais de quatro mil vagas de emprego na Região Metropolitana. Entre outras fontes, os Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT) devem ser usados para realizar a seleção.
As empreiteiras decidirão como selecionar os 30% restantes. Esse grupo deve ter engenheiros e outros profissionais que não estão disponíveis na Baixada Santista.
“Essa é uma notícia que traz alegria e esperança para os trabalhadores da região. Trazer gente de fora sempre gera situações constrangedoras porque as empreiteiras alugam imóveis que servem de alojamento e colocam 20 pessoas onde caberiam quatro ou cinco“, disse o diretor-tesoureiro do Sintracomos, Geraldino Cruz Nascimento.
Esses problemas levaram à discussão de um projeto na Câmara Municipal, mas os limites legais impediram que ele fosse concluído. Além disso, o Sintracomos tentou incluir a cláusula em acordos e convenções coletivas, mas as empreiteiras sempre se opuseram.
No entanto, parece que a situação desta vez foi resolvida pelo acordo: “Há um empenho gigantesco de todas as partes envolvidas. Essa é uma regra de conduta, uma diretriz da Petrobras”, explica o diretor do Sintracomos.
“Dar prioridade para os trabalhadores da região é uma forma de garantir que a riqueza que produzimos seja distribuída entre nossos moradores. Aprendemos a duras penas que o crescimento desordenado tem consequências desastrosas“, disse César Nascimento, secretário de Governo da Prefeitura de Cubatão.