Jean Paul Prates é demitido da presidência da Petrobras pelo presidente Lula

Magda Chambriard, engenheira que foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo do governo de Dilma Rousseff, agora liderará a estatal

No dia de ontem (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a decisão de demitir Jean Paul Prates de sua posição de presidente na Petrobras, conforme reportado pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Após essa decisão, Magda Chambriard foi nomeada para assumir seu lugar. Chambriard é uma engenheira experiente; ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) entre 2012 a 2016 durante o governo de Dilma Rousseff.

As informações vindas do canal CNN Brasil,  apontam que no início do mês havia antecipado que setores do governo não estavam mais satisfeitos com o ex-senador. Segundo apurou esta coluna, vários setores do governo vinham fazendo pressão pela saída do ministro, em especial o ministro de minas e Energia, Alexandre Silveira. Politico alinhado a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , especialmente em medidas polêmicas como, vacinas e kit-covid.O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, começou uma campanha de pressão sobre a Petrobras nos primeiros meses de 2023 com o objetivo de mudar sua política de preços e abandonar a diretriz de paridade com o preço internacional do petróleo. A empresa mudou sua política de preços em maio devido a essa pressão. No entanto, em novembro de 2023, Silveira e o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, entraram em conflito público, retornando à discussão sobre os preços dos combustíveis.

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Em março de 2024, a Petrobras foi envolvida em uma situação turbulenta quando o conselho de administração optou por não distribuir dividendos além do mínimo requerido. Essa decisão não apenas expôs o descontentamento de acionistas privados minoritários, mas também destacou uma divergência de opiniões entre os principais líderes da empresa. Por um lado, Alexandre Silveira, defensor da retenção de recursos pela Petrobras, defendeu a manutenção dos dividendos no nível mínimo estabelecido. Por outro lado, Prates, então presidente da Petrobras, expressou sua posição a favor da distribuição de parte dos dividendos extraordinários, em linha com os interesses dos acionistas minoritários.

Em um comunicado oficial, a Petrobras confirmou a saída de Jean Paul Prates da presidência da empresa, após ele solicitar que o conselho de administração se reunisse para considerar o término antecipado de seu mandato de forma negociada.

“Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras”, afirma o comunicado.

 

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