Com exportações recordes, o petróleo brasileiro ameaça a soja para dominar a balança comercial em 2024

A Associação de Comércio Exterior do Brasil projeta que as vendas de petróleo podem alcançar US$ 43,575 bilhões nos próximos anos, com o aumento da produção

O Brasil espera alcançar um novo recorde de exportações de petróleo bruto este ano. Com a produção em expansão, espera-se que o produto desempenhe um papel ainda mais importante na balança comercial brasileira nos próximos anos, contribuindo significativamente para os indicadores do setor externo do Brasil.

A previsão da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) é que as exportações de petróleo podem atingir a marca de US$ 43,575 bilhões em 2024. Até agora, as exportações de petróleo tiveram seu melhor desempenho até 2022, quando alcançaram US$ 42,553 bilhões. Em 2023, o valor atingiu US$ 42,539 bilhões.

A quantidade da exportação de petróleo do Brasil continua a crescer. A projeção da AEB prevê que atingirá 83 milhões de toneladas em 2024, superando as 81 milhões de toneladas registradas em 2023.

A previsão da AEB foi feita no final do ano passado e pode ser alterada até 2024. Essas projeções podem ser afetadas por variáveis como o preço do petróleo, questões geopolíticas e o desempenho da economia global.

De acordo com Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o Brasil está em uma posição favorável para se tornar um dos maiores produtores de petróleo do mundo nos próximos anos. Em 2022, o Brasil produzia pouco mais de 3,1 milhões de barris por dia; hoje, produz cerca de 3,5 milhões de barris por dia. Esse número deve chegar a 5 milhões de barris por dia até o final da década.

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Nos últimos anos, a exportação de petróleo tornou-se um elemento significativo na balança comercial, competindo com a soja e o minério de ferro, dois dos principais produtos da pauta brasileira. A previsão é que esse destaque do petróleo seja ainda mais consolidado nos próximos anos, considerando o previsto aumento significativo da produção até 2030, quando a exploração do pré-sal deve começar a diminuir.

“Daqui até lá, o Brasil terá uma curva ascendente de produção de petróleo, o que significa que o petróleo será sempre o item mais importante ou o segundo mais importante da balança comercial”, afirma Adriano Pires.

No ano passado, a economia brasileira ganhou um reforço importante na sua capacidade de produção. Quatro plataformas entraram em operação. Em 2024, mais uma deve começar a funcionar, de acordo com um acompanhamento da consultoria Tendências. Juntas, têm capacidade para 660 mil barris por dia.

Embora a transição para fontes de energia mais limpas seja um assunto em debate, especialistas acreditam que o petróleo continuará sendo uma fonte importante de energia nos próximos anos. O Brasil está investindo em novas plataformas e explorando novas fronteiras, como a Margem Equatorial, que é composta por cinco bacias promissoras entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.

Mais cinco plataformas devem entrar em operação em 2025, aumentando a capacidade de produção em mais 905 mil barris por dia.

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