A jornada da Galp na Namíbia: do início do projeto até os 10 bilhões de barris esperados

A Galp assinou um contrato para adquirir uma participação de 14% em três licenças de exploração de petróleo localizadas em áreas marítimas ao largo da Namíbia

(Foto: Reprodução)
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O valor da Galp cresceu devido às reservas de petróleo na Namíbia, que surgiram em 2012. Explore de perto todas as fases do empreendimento, desde uma previsão inicial de sucesso de aproximadamente 30% até a previsão atual de entregar mais de 10 bilhões de barris de petróleo.

A Galp firmou um contrato em 2012 para adquirir uma participação de 14% em três concessões de exploração de petróleo nas águas costeiras da Namíbia. Uma das concessões (PEL 23) estava na bacia de Walvis, enquanto as outras duas (PEL 24 e PEL 28) estavam na bacia de Orange. É notável que a Galp tenha escolhido o bloco final, o PEL 28, devido aos indícios promissores que apresentava; no entanto, agora é chamado PEL 83.

No relatório financeiro de 2012, foi dito que os três prospectos visavam uma descoberta potencial de oito bilhões de barris de petróleo, com uma probabilidade de sucesso estimada de 20% a 30%. No ano seguinte, foi verificada a possibilidade de existir petróleo, mas ainda não houve resultados concretos.

Um consórcio liderado pela Galp e com a participação da Namíbia National Oil Corporation (NAMCOR) e Custos Energy foi autorizado a explorar o bloco PEL 83 em 2016. As participações no consórcio são distribuídas em 80%, dez por cento e dez por cento, respectivamente. Uma área de 10.000 quilômetros quadrados está incluída nesta licença, que abrange desde águas pouco profundas até águas ultraprofundas.

Naquele mesmo ano, a empresa de energia de Portugal, que havia recebido permissão para explorar a área da bacia de Walvis, entregou o bloco à ExxonMobil, uma empresa norte-americana.

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Quanto à região da bacia de Orange, os esforços de exploração continuaram ininterruptos. Uma série de testes meticulosos e cada vez mais detalhados foram conduzidos para avaliar o potencial da área. Os resultados obtidos foram encorajadores, destacando-se a descoberta de um “sistema petrolífero funcional” por parte das empresas concorrentes Shell e TotalEnergies, em uma área próxima, no ano de 2021.

Somente no início deste ano, a Galp começou a coletar evidências mais substanciais de que a Namíbia tem um potencial lucrativo para ser um investimento rentável. Em janeiro, a empresa descobriu que havia petróleo leve na bacia de Orange, mas ainda não havia dados conclusivos sobre o potencial de negócios dele. A expectativa de extrair até 10 bilhões de barris de petróleo – ou até mesmo mais – acrescentando um novo impulso ao projeto foi dissipada recentemente com a divulgação de uma estimativa no último domingo.

O CEO, Filipe Silva enfatizou a importância estratégica de iniciar a produção na Namíbia o mais rápido possível durante a conferência com analistas para discutir os resultados financeiros de 2023, afirmando que nenhum obstáculo atrasará o processo. Além disso, ele planejou um investimento de 150 milhões de euros até 2024 para expandir as operações na área.

Conforme relatado pela Reuters, o próximo movimento pode envolver a Galp vendendo até 40% da sua participação atual de 80% no projeto.

Durante a mesma conferência, o CEO mencionou que a empresa estava explorando um possível processo de desinvestimento. Em resposta à sugestão de um analista sobre a diluição da participação no projeto, Filipe Silva enfatizou a abordagem cautelosa da empresa: “Vamos examinar todas as alternativas e considerar o que quer que gere mais valor para nossos acionistas no momento apropriado. Não estamos pressionados a tomar uma decisão imediata sobre este assunto”.

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