Petrobras anuncia nova descoberta de petróleo na Margem Equatorial

Reserva em águas ultraprofundas reforça potencial exploratório na margem equatorial, enquanto greve no Ibama gera atrasos em projetos petrolíferos

Foto: (Reprodução/Agência Petrobras)
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A Petrobras anunciou nesta terça-feira (9/4) a descoberta de uma reserva de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, situado entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte. Segundo informações da empresa petrolífera, a reserva está localizada a aproximadamente 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em uma profundidade de 2.196 metros. Essa área, na margem equatorial, é considerada o “novo pré-sal” e representa uma nova fronteira exploratória.

A descoberta ocorre em meio à espera do parecer do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas. Os servidores da autarquia estão em greve há três meses, gerando atrasos significativos em projetos nos setores de energia e petróleo.

Não é a primeira vez que a Petrobras realiza uma descoberta na Bacia Potiguar este ano. A empresa já havia confirmado a presença de petróleo no Poço Pitu Oeste, localizado a aproximadamente 24 km de Anhangá. “Tais descobertas ainda estão sujeitas a avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e possui 100% de participação”, conforme comunicado divulgado pela empresa.

A exploração de petróleo na Margem Equatorial tem despertado preocupações entre grupos ambientalistas, que temem possíveis impactos negativos na biodiversidade da região. No entanto, é importante notar que os poços Anhangá e Pitu Oeste estão localizados a uma distância considerável da foz do Rio Amazonas, que é amplamente reconhecida como uma área extremamente sensível em termos de preservação ambiental.

Em comunicado oficial, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, enfatizou que o histórico das operações de perfuração em ambientes de águas profundas e ultraprofundas não registrou “qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente”.

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Jean Paul Prates, reforça que a empresa possui um extenso histórico de quase 3 mil poços perfurados em ambientes de águas profundas e ultraprofundas, sem registrar qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente. Essa experiência, aliada à capacidade técnica e à vasta experiência acumulada ao longo de quase 70 anos de atuação, capacita a empresa a abrir novas fronteiras e conduzir suas operações na Margem Equatorial com total segurança.

“As atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética”, disse a estatal em nota.

A Margem Equatorial abrange uma extensão ao longo do litoral brasileiro, desde o Rio Grande do Norte até o Amapá, e inclui as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. Esta área geográfica é reconhecida pelo setor de óleo e gás como possuidora de um significativo potencial exploratório.

No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras estabeleceu um investimento de US$ 3,1 bilhões destinados à pesquisa e exploração na Margem Equatorial. Ao longo desses quatro anos, a empresa planeja perfurar um total de 16 poços na região. Essa iniciativa reflete a importância estratégica que a Petrobras atribui a essa área, com a expectativa de descobrir novas reservas de petróleo e gás, impulsionando assim o desenvolvimento econômico e energético do país.

 

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